A POESIA
É opinião corrente que a poesia não
dá dinheiro, nem aos autores, nem aos editores.
Talvez por este facto se torne tão
dispendioso editar um livro de poesia no panorama literário português.
As editoras que ainda a vão editando cobram
muito aos novos autores e sempre com pouco ou nenhum retorno do investimento
que fazem para dar a conhecer a sua obra.
É regular um novo autor enviar um
livro de poesia para uma editora conceituada e receber como resposta que não
editam poesia, ou por outro lado receber uma proposta com montantes elevados,
que resultam num investimento tão alto que se torna difícil de o recuperar.
Persiste a opinião generalizada de
que a poesia em Portugal tem um mercado especifico, constituído por um pequeno
nicho ou melhor uma elite demarcada que a lê, e que não é suficiente para
escoar uma edição de 300 ou 500 livros.
Uma obra de poesia tem uma tiragem média de
500 exemplares, o suficiente para conseguir colocar livros nas principais
livrarias que existem pelo país. Mas desses vendem-se mais ou menos 200.
É muito pouco.
Edições de 2, 3 ou 4 mil exemplares são raras.
Acontecem, por exemplo, com Sophia de
Mello Breyner, José Luís Peixoto ou José Régio, com Fernando Pessoa, Rimbaud,
Lorca, Blake, Yeats, Hölderlin, Pablo Neruda, com Cesariny, Alexandre O'Neill
ou Herberto Helder, mas estes "são as excepções".
Apesar de não dar dinheiro, todos os
autores que escrevem poesia a querem editar em livro.
Talvez porque para muitos os livros não sejam,
afinal, um negócio com fins lucrativos.
São prestígio, são uma noção de dever
a cumprir, porque a poesia como dizia Eugénio de Andrade é “A Festa da Língua”.
Para cativar os leitores, muitas
editoras do mercado elaboram contratos em que os direitos dos autores são pagos
em livros, mas só depois de a obra vender um numero mínimo de 200 exemplares,
clausula que só uma pequena percentagem de novos autores consegue ultrapassar.
Paralelamente às edições dos autores,
as editoras organizam antologias e reúnem obras completas dos poetas
consagrados, relegando sempre os novos autores para segundo plano. Apostam em
valores seguros, privilegiam os autores que já pertencem à casa. Neste cenário,
os novos poetas têm a vida dificultada, mesmo na comunicação social, a poesia
tem cada vez menos espaço e menos atenção.
Só se dá atenção ao que já sabemos que vai ter
sucesso, o que torna cada vez mais difícil lançar novos nomes.
As editoras seguem linhas comerciais e
publicam o que pensam venderem mais, e a logística utilizada para a venda da
poesia é pouca ou quase nenhuma.
Apesar das promessas, não espere ver um livro
de poesia em destaque na montra ou nas prateleiras de uma das grandes livrarias
nacionais, ela está num canto de loja, só procurado pelos seus apreciadores e
isto é quando o livro chega a esses espaços, pois normalmente não passa das
livrarias online.
No entanto, publicar um LIVRO de
POESIAS é mais fácil do que se possa pensar, o autor tem que pagar, como é
óbvio, assim como paga para participar em algumas colectâneas e antologias
poéticas, pois é uma das formas mais fáceis de ir à luta, e mostrar a sua
escrita.
Esta é a realidade, a outra face dessa mesma
realidade é a autoedição. Acha que a sua escrita vende? Tem seguidores fiéis,
alguns amigos e familiares que o apoiam, edite o seu livro, mas invista
gradualmente, venda, e à medida que vai vendendo edite mais.
“ A consultoria editorial” pode
dar-lhe uma grande ajuda, pode transformar o seu sonho de editar o seu livro
numa realidade.
As redes sociais, os sites e os blogs,
tornaram-se ultimamente na maior cadeia de divulgação dos novos autores, mas
não são o suficiente para a sua perfeita realização.
(Invista na sua criatividade, edite o
seu livro, organize um lançamento numa biblioteca ou noutro espaço publico
aberto e recetivo à cultura, aproveite e faça tardes e noites de autógrafos, em
escolas, instituições, organize tertúlias, sempre com o seu livro por perto.)
Dá trabalho, mas no final verá os frutos das
suas iniciativas. Jorge Manuel Ramos Edições “O Declamador” Edições “O
DECLAMADOR”, CONSULTORIA editorial, organização, coordenação e edição de livros
individuais e obras colectivas. Preparamos tudo o que é necessário à publicação
de um livro: prefácios personalizados, organização das obras, processamento de
texto (se necessário), capas e contracapas, paginação, impressão e acabamentos
com qualidade. O livro é um sonho? Nós transformamo-lo numa realidade…