terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

ARTIGO (EDITOR - JORGE MANUEL RAMOS)

A POESIA
É opinião corrente que a poesia não dá dinheiro, nem aos autores, nem aos editores.
Talvez por este facto se torne tão dispendioso editar um livro de poesia no panorama literário português.
 As editoras que ainda a vão editando cobram muito aos novos autores e sempre com pouco ou nenhum retorno do investimento que fazem para dar a conhecer a sua obra.

É regular um novo autor enviar um livro de poesia para uma editora conceituada e receber como resposta que não editam poesia, ou por outro lado receber uma proposta com montantes elevados, que resultam num investimento tão alto que se torna difícil de o recuperar.
Persiste a opinião generalizada de que a poesia em Portugal tem um mercado especifico, constituído por um pequeno nicho ou melhor uma elite demarcada que a lê, e que não é suficiente para escoar uma edição de 300 ou 500 livros.
 Uma obra de poesia tem uma tiragem média de 500 exemplares, o suficiente para conseguir colocar livros nas principais livrarias que existem pelo país. Mas desses vendem-se mais ou menos 200.
É muito pouco.
 Edições de 2, 3 ou 4 mil exemplares são raras.
Acontecem, por exemplo, com Sophia de Mello Breyner, José Luís Peixoto ou José Régio, com Fernando Pessoa, Rimbaud, Lorca, Blake, Yeats, Hölderlin, Pablo Neruda, com Cesariny, Alexandre O'Neill ou Herberto Helder, mas estes "são as excepções".
Apesar de não dar dinheiro, todos os autores que escrevem poesia a querem editar em livro.
 Talvez porque para muitos os livros não sejam, afinal, um negócio com fins lucrativos.
São prestígio, são uma noção de dever a cumprir, porque a poesia como dizia Eugénio de Andrade é “A Festa da Língua”.
Para cativar os leitores, muitas editoras do mercado elaboram contratos em que os direitos dos autores são pagos em livros, mas só depois de a obra vender um numero mínimo de 200 exemplares, clausula que só uma pequena percentagem de novos autores consegue ultrapassar.
Paralelamente às edições dos autores, as editoras organizam antologias e reúnem obras completas dos poetas consagrados, relegando sempre os novos autores para segundo plano. Apostam em valores seguros, privilegiam os autores que já pertencem à casa. Neste cenário, os novos poetas têm a vida dificultada, mesmo na comunicação social, a poesia tem cada vez menos espaço e menos atenção.
 Só se dá atenção ao que já sabemos que vai ter sucesso, o que torna cada vez mais difícil lançar novos nomes.
 As editoras seguem linhas comerciais e publicam o que pensam venderem mais, e a logística utilizada para a venda da poesia é pouca ou quase nenhuma.
 Apesar das promessas, não espere ver um livro de poesia em destaque na montra ou nas prateleiras de uma das grandes livrarias nacionais, ela está num canto de loja, só procurado pelos seus apreciadores e isto é quando o livro chega a esses espaços, pois normalmente não passa das livrarias online.
No entanto, publicar um LIVRO de POESIAS é mais fácil do que se possa pensar, o autor tem que pagar, como é óbvio, assim como paga para participar em algumas colectâneas e antologias poéticas, pois é uma das formas mais fáceis de ir à luta, e mostrar a sua escrita.
 Esta é a realidade, a outra face dessa mesma realidade é a autoedição. Acha que a sua escrita vende? Tem seguidores fiéis, alguns amigos e familiares que o apoiam, edite o seu livro, mas invista gradualmente, venda, e à medida que vai vendendo edite mais.
“ A consultoria editorial” pode dar-lhe uma grande ajuda, pode transformar o seu sonho de editar o seu livro numa realidade.
 As redes sociais, os sites e os blogs, tornaram-se ultimamente na maior cadeia de divulgação dos novos autores, mas não são o suficiente para a sua perfeita realização.
(Invista na sua criatividade, edite o seu livro, organize um lançamento numa biblioteca ou noutro espaço publico aberto e recetivo à cultura, aproveite e faça tardes e noites de autógrafos, em escolas, instituições, organize tertúlias, sempre com o seu livro por perto.)
 Dá trabalho, mas no final verá os frutos das suas iniciativas. Jorge Manuel Ramos Edições “O Declamador” Edições “O DECLAMADOR”, CONSULTORIA editorial, organização, coordenação e edição de livros individuais e obras colectivas. Preparamos tudo o que é necessário à publicação de um livro: prefácios personalizados, organização das obras, processamento de texto (se necessário), capas e contracapas, paginação, impressão e acabamentos com qualidade. O livro é um sonho? Nós transformamo-lo numa realidade…
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